sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Déjà vu


Como acabar com a guerra no Afeganistão, que já leva 8 anos e está a ficar cada vez pior?
Depois de meses de hesitação, Obama decidiu finalmente o que fazer. A sua solução? Enviar mais tropas, para resolver as coisas de vez.
O último presidente que teve esta ideia luminosa chamava-se Lyndon B Johnson, e a sua guerra foi o Vietname.
Toda a gente sabe como essa história acabou.
Como é que é a frase? Aqueles que ignoram a história estão condenados a repeti-la?

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

As voltas que o mundo dá


No NY Times de hoje vem um artigo sobre uma nova e inesperada tendência: famílias mexicanas, pobres e/ou remediadas, estão a enviar remessas de dinheiro para os Estados Unidos para suportar os seus familiares desempregados.

Moral da história: até em tempos de crise os americanos conseguem sacar o dinheiro dos outros.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ser herói já não é o que era




Para ser um herói nos tempos que correm basta estar no lugar errado à hora errada.
O conceito muito americano de celebrar as vítimas de um tiroteio como se fossem heróis fica mais ridículo e patético quando se muda a perspectiva.

Medo


É impressão minha ou o número de malucos que falam sozinhos na rua aumentou muito desde a invenção do bluetooth?

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Energias alternativas


6% da electricidade nos Estados Unidos tem origem hidroeléctrica. As energias solar, eólica, de biomassa e geotermal, todas juntas, correspondem a 3% do total. Mas a energia alternativa, não poluente e realmente rentável, responsável por 10% de todo o consumo de electricidade do país que consome mais electricidade do mundo, é uma relíquia da Guerra Fria.

Os tratados de desarmamento nuclear entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética levaram ao desmantelamento de milhares de ogivas nucleares.
O material recuperado das bombas, urânio e plutónio da melhor qualidade, tornou-se na mais rentável e fiável fonte de combustível para centrais nucleares desde o fim da União Soviética, resolvendo o problema do que fazer às bombas desmanteladas.
Hoje, 45% do combustível utilizado pelos 104 reactores nucleares civis americanos continua a vir de bombas soviéticas recicladas, com mais 5% a ser feito a partir de bombas americanas. O programa até tem um nome: Megatoneladas para Megawatts. O único problema é que, tal como o petróleo (e apesar da dimensão dos arsenais nucleares das duas superpotências), este recurso não é renovável.

Parece que o plano de Obama de reduzir ainda mais os arsenais das duas superpotências nucleares é a forma utilizada pelo Prémio Nobel da Paz para não só começar a justificar o prémio como também resolver parte da crise energética.
Mas para assegurar uma provisão de combustível duradoura, se calhar os EUA deviam era deixar os iranianos e coreanos juntarem-se aos paquistaneses, indianos e israelitas e fazerem ainda mais bombas.
Uma vez o combustível assegurado, restava fazer a paz na terra entre os homens de má vontade. Se calhar até ganhava um novo Nobel.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Massacre no Texas


Nidal Malik Hasan nasceu nos Estados Unidos da América. Contra os desejos dos seus pais, alistou-se no exército americano porque desejava servir o seu país (e o serviço militar é a única forma de pagar uma educação superior para muitos americanos)
Formado em psiquiatria, o major Nidal Malik Hasan era, até ontem, responsável por fazer a avaliação psicológica de soldados traumatizados pelas guerras do Iraque e Afeganistão, em Fort Hood no Texas. Compreensivelmente, este conhecimento repetido dos horrores da guerra fez o major perder toda a vontade de servir o seu país, pelo menos nos acima mencionados cenários de guerra. O facto de os seus camaradas o terem começado a perseguir depois dos ataques do 11 de Setembro por ser muçulmano também não ajudou.
O major Hasan, segundo os primeiros relatos, foi informado que ia ser colocado brevemente no pior dos ultramares damericanos, o Afeganistão.
Como qualquer americano com acesso a armas e um problema que não quer enfrentar, passou-se e desatou aos tiros na base onde estava colocado.
13 mortos e 30 feridos depois, as pessoas começaram a falar da sua ascendência árabe, religião, etc.
Mas o facto de este tipo de actos ser comum na muito violenta sociedade americana demonstra que, apesar do que o seu nome possa dar a entender, este descendente de palestinianos nascido na Virgínia não é um terrorista. Tal como todos os outros imbecis que reencontram Deus e desatam aos tiros no local de trabalho ou na escola onde andam, ele é um americano de gema.