terça-feira, 10 de novembro de 2009

Energias alternativas


6% da electricidade nos Estados Unidos tem origem hidroeléctrica. As energias solar, eólica, de biomassa e geotermal, todas juntas, correspondem a 3% do total. Mas a energia alternativa, não poluente e realmente rentável, responsável por 10% de todo o consumo de electricidade do país que consome mais electricidade do mundo, é uma relíquia da Guerra Fria.

Os tratados de desarmamento nuclear entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética levaram ao desmantelamento de milhares de ogivas nucleares.
O material recuperado das bombas, urânio e plutónio da melhor qualidade, tornou-se na mais rentável e fiável fonte de combustível para centrais nucleares desde o fim da União Soviética, resolvendo o problema do que fazer às bombas desmanteladas.
Hoje, 45% do combustível utilizado pelos 104 reactores nucleares civis americanos continua a vir de bombas soviéticas recicladas, com mais 5% a ser feito a partir de bombas americanas. O programa até tem um nome: Megatoneladas para Megawatts. O único problema é que, tal como o petróleo (e apesar da dimensão dos arsenais nucleares das duas superpotências), este recurso não é renovável.

Parece que o plano de Obama de reduzir ainda mais os arsenais das duas superpotências nucleares é a forma utilizada pelo Prémio Nobel da Paz para não só começar a justificar o prémio como também resolver parte da crise energética.
Mas para assegurar uma provisão de combustível duradoura, se calhar os EUA deviam era deixar os iranianos e coreanos juntarem-se aos paquistaneses, indianos e israelitas e fazerem ainda mais bombas.
Uma vez o combustível assegurado, restava fazer a paz na terra entre os homens de má vontade. Se calhar até ganhava um novo Nobel.

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