quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Omid we can believe in



O Irão lançou o seu primeiro satélite, Omid, para celebrar os 30 anos da revolução islâmica. Ao contrário das imagens forjadas em testes de lançamento de mísseis anteriores, parece que este aconteceu mesmo e o pequeno satélite está a ser seguido por astrónomos e cromos de todo o mundo, no seu percurso à volta da Terra. Mas não foi só o Omid a entrar em órbita. Por todo o mundo, analistas ganharam um novo fôlego na sua eterna busca de razões para todos termos medo da república islâmica.

O satélite tem usos militares? Não. O foguete Safir-2 que o lançou pode transportar uma ogiva nuclear? Não. O foguete em capacidade intercontinental? Também não, o seu alcance máximo seria de 2.500 km, e era se levasse uma ogiva convencional muito pequena.
Mas pode vir a ser um primeiro passo para que adquira essa capacidade no futuro, talvez, quem sabe. Afinal, eles são todos fanáticos suicidas, o país inteiro. E bons cientistas, ainda por cima.

Desde que a URSS lançou o Sputnik, apenas 8 países no mundo já demonstraram capacidade para colocar satélites em órbita.
Qualquer outro país teria sido elogiado pela comunidade internacional pelo seu feito tecnológico, por modesto que seja. Como é o Irão (e os americanos adoram olhar para o umbigo) o lançamento está a ser visto como nada menos que um desafio claro e directo ao presidente Obama. Até já se começa a falar de novas sanções e a pôr em causa a tal abertura a falar com os "inimigos" de que o candidato Obama tanto falava.

A propósito, Omid não quer dizer "matem todos os infiéis e destruam Israel". Quer dizer esperança. Parece que a América não detém a patente deste sentimento.

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