Em nome da harmonia entre democratas e republicanos e dentro do novo espírito de reconciliação e abertura da Casa Branca, o novo presidente dos Estados Unidos da América anunciou que não vai haver investigações (logo, punição) aos membros da administração Bush.
Esqueçam a corrupção, as guerras ilegítimas, a tortura como política oficial. Tanto os senhores que os autorizaram como os que as executaram podem ir para casa descansados.
Nas palavras do Grande Redentor, a propósito dos operativos da CIA:
"I don´t want them to suddenly feel like they've got to spend all their time looking over their shoulders and lawyering up."
Tradução: Deus nos livre que um torturador profissional da CIA pense que pode vir a ser responsabilizado pelo que andou a fazer. Obama não quer que os seus torcionários (sim, agora são dele) vivam "a olhar por cima do ombro". A sua profissão já provoca stress que chegue.
Ainda segundo Barack Obama, é preciso colocar o passado para trás e olhar apenas na direcção do futuro. O som de republicanos a rir e a suspirar de alívio fez-se ouvir um pouco por todo o mundo.
Junte-se a isto 2 membros do seu transparente gabinete a terem de desistir por causa de fugas aos impostos e a nomeação de um lóbista da indústria de armamento para nº2 do Pentágono. O "change we can believe in" começa a parecer-se demasiado com o "business as usual" a que o candidato Obama ia pôr um fim.
2 semanas e já fez asneira.
Adenda: Obama já veio a público dizer, e passo a citar, "I screwed up". Pelo menos admitir erros é um verdadeiro passo em frente em relação aos anos Bush.
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