sexta-feira, 31 de julho de 2009
Pausa para férias
42 dias depois
Celebrar o quê?
quarta-feira, 29 de julho de 2009
40 dias depois
terça-feira, 28 de julho de 2009
Duh
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Mind the gap
Ainda ganha o Nobel da medicina
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Globalização
Seoul power
terça-feira, 21 de julho de 2009
A conclusão mais lógica
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Mais de um ano de irrelevância
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Parabéns?
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Trabalho infantil
Momentos depois
quarta-feira, 15 de julho de 2009
O inovador
O homem foi sempre mais interessante do que a música que fazia. Mas não de uma maneira boa.
Ouro líquido
A água vai ser um dos bens mais escassos e preciosos no futuro, mais ainda que o petróleo. Pois bem, o futuro já chegou, pelo menos para os tansos e os mais distraídos.
Hoje paguei 80 cêntimos por uma garrafa de água de 20cl. Se a gasolina fosse tão cara, um litro custaria €3.20. E já tiveram a lata de me vender uma garrafita de 20cl a €1 e 20, ou €4 e 80 o litro.
Porque é que a água engarrafada é tão cara? Porque os restaurantes sabem que as pessoas só reparam no preço do prato ou da garrafa de vinho e não ligam ao pãozinho, ao pratinho de azeitonas e à garrafinha de água. Até vir a conta, claro.
terça-feira, 14 de julho de 2009
Surpresa
A CIA tinha um programa secreto para assassinar líderes da Al Qaeda. A revelação surpreendeu os congressistas americanos, até porque a lei obriga a que o Congresso seja informado de toda e qualquer actividade da CIA. Uma lei criada nos anos 70 precisamente para impedir programas de assassinato secretos.
Mas para quem já viu filmes do Chuck Norris, Steven Seagal, Sylvester Stallone, etc, surpresa seria não haver um plano qualquer do género. Metade dos filmes de acção de Hollywood são sobre operações secretas para assassinar ou capturar terroristas, traficantes de droga ou terroristas/traficantes de droga.
O programa, criado depois dos ataques de 11 de Setembro de 2001, nunca foi para a frente por causa dos problemas legais e logísticos de fazer entrar tropas num pais estrangeiro para matar um tipo qualquer de turbante. Ou mais precisamente, pela dificuldade de o fazer e voltar a sair sem ser visto ou apanhado.
Descobrir preocupações com a lei internacional na administração Bush/Cheney é a verdadeira surpresa. Mas o proverbial secretismo e abuso de poder da famigerada dupla levam a pensar que o problema foi outro: encontrar alguém à altura das expectativas criadas pelos filmes do Rambo, Desaparecido em Combate, Força Delta e outras grande tretalogias do cinema de acção.
O verdadeiro programa de assassinatos não tem nada de secreto. Continua a ser aplicado, com a aprovação do novo presidente, e os seus resultados podem ser vistos quase todos os dias no telejornal.
Com nome inspirado noutro grande franchise do cinema de acção, os veículos aéreos não tripulados Predator continuam a entrar em países estrangeiros para matar um tipo qualquer de turbante (e toda a gente que estiver por perto), à distância e controlado por Rambos de computador. E fazem-no à vista de todos.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Quantos G são demais?
Mas a coisa não podia ficar por aí. Os países novos-ricos são como as pessoas: querem ser reconhecidos como membros de qualquer coisa importante e exclusiva. E não descansarão enquanto a sua candidatura não for aceite, mesmo que o clube deixe de ser exclusivo porque eles passaram a fazer parte dele.
Com outros países a baterem à porta, de PNB em crescimento na mão, os G-8 começaram a ter cada vez mais países convidados.
Um grupo (China, Índia, Brasil, México e África do Sul) passou mesmo a ser conhecido como os G-5, e a reunião dos G-8 transformou-se num mais representativo mas caótico G-8 + 5. O objectivo dos G-5 é fazerem parte dos G-8, que passariam a ser os G-13. Enquanto isso não acontece, a missão dos G-5 é sabotar as decisões dos G-8 como irrelevantes porque não os incluem.
Além destes 13, costuma haver convidados adicionais, desde países (este ano é +1, o Egipto) a organizações internacionais. E é aqui que as coisas ficam realmente absurdas, com encontros de trabalho a listar os participantes como sendo os G-8 + 5 + 1 + 5
À medida que vai crescendo o número de membros, no entanto, a força dos G vai diminuindo. Por um lado, não pode ignorar os méritos das candidaturas de países como a China , a índia ou o Brasil. Por outro, e como qualquer clube exclusivo, a influência que exerce diminui um pouco com cada novo membro que aceita.
A reunião que realmente importa hoje em dia (segundo dizem) é a dos G-20, que são os G-8 + G-5 + 6 (Argentina, Austrália, Indonésia, Arábia Saudita, Coreia do Sul e Turquia) e ainda (porque França, Reino Unido, Itália e Alemanha não era suficiente), + 1, a União Europeia. Deve ser porque é um encontro dos ministros da economia e directores de bancos centrais, em vez de Berlusconis e criaturas do género.
O único mérito do G-8 + 5 ou do G-20 é demonstrar ao mundo, com a clareza que só os números podem ter, que os G-192 (mais conhecidos por ONU) são cada vez menos relevantes.