A CIA tinha um programa secreto para assassinar líderes da Al Qaeda. A revelação surpreendeu os congressistas americanos, até porque a lei obriga a que o Congresso seja informado de toda e qualquer actividade da CIA. Uma lei criada nos anos 70 precisamente para impedir programas de assassinato secretos.
Mas para quem já viu filmes do Chuck Norris, Steven Seagal, Sylvester Stallone, etc, surpresa seria não haver um plano qualquer do género. Metade dos filmes de acção de Hollywood são sobre operações secretas para assassinar ou capturar terroristas, traficantes de droga ou terroristas/traficantes de droga.
O programa, criado depois dos ataques de 11 de Setembro de 2001, nunca foi para a frente por causa dos problemas legais e logísticos de fazer entrar tropas num pais estrangeiro para matar um tipo qualquer de turbante. Ou mais precisamente, pela dificuldade de o fazer e voltar a sair sem ser visto ou apanhado.
Descobrir preocupações com a lei internacional na administração Bush/Cheney é a verdadeira surpresa. Mas o proverbial secretismo e abuso de poder da famigerada dupla levam a pensar que o problema foi outro: encontrar alguém à altura das expectativas criadas pelos filmes do Rambo, Desaparecido em Combate, Força Delta e outras grande tretalogias do cinema de acção.
O verdadeiro programa de assassinatos não tem nada de secreto. Continua a ser aplicado, com a aprovação do novo presidente, e os seus resultados podem ser vistos quase todos os dias no telejornal.
Com nome inspirado noutro grande franchise do cinema de acção, os veículos aéreos não tripulados Predator continuam a entrar em países estrangeiros para matar um tipo qualquer de turbante (e toda a gente que estiver por perto), à distância e controlado por Rambos de computador. E fazem-no à vista de todos.
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