Quando toda a gente que vai à guerra é um herói, ninguém é. Farto de ver qualquer tipo que esteve perto de uma zona de combate ser automaticamente considerado como um herói. Antigamente, era necessário fazer qualquer coisa de notável, fosse pelo espírito de sacrifício, fosse pela inconsciência.
Agora, basta estar lá, que as máquinas de propaganda fazem o resto. Por um lado exaltam a coragem e o sacrifício de combater no Afeganistão sem chuveiros aquecidos (já vi, na TV). Pelo outro, demonizam o inimigo e relativizam o seu sofrimento, explorando aquele bom e velho sentimento do "aquela gente já está habituada, não sentem as coisas como nós".
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