Com o apoio dos Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França (todas as potências nucleares tradicionais), a resolução poderá levar a um mundo livre de armas nucleares, um mundo melhor no qual as resoluções da ONU servem para qualquer coisa. Mas adiante.
Ao combinarem abolir os seus arsenais, as potências nucleares estão a abdicar voluntariamente do seu poder de matar toda a gente no planeta se forem contrariadas. Os ingleses e franceses, em particular, nem sequer continuarão a ter uma razão legítima para serem membros permanentes do Conselho de Segurança em vez de nações como a Índia ou o Brasil.
É lindo. No entanto, como nunca vi um país abraçar voluntariamente a irrelevância, fico com a sensação que o principal objectivo é evitar que mais alguém se junte ao clube, criando uma base legal forte e consensual para agir rapidamente contra novos candidatos, reais ou imaginados.
Afinal, para que é que outros países (Irão) querem bombas se os que têm agora vão deixar de as ter, brevemente (mais década menos década)?
E, já agora, como é que a resolução se aplica a estados (Israel) com arsenais nucleares mas que nem para salvar a mãe de morte lenta eram capazes de confirmar ou desmentir que os têm?
Sem comentários:
Enviar um comentário