quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Morte por panfleto


Dia 23 de Junho, uma rapariga afegã foi o primeiro habitante da conturbada província de Helmand a sentir todo o peso da mais recente campanha de lançamento de panfletos da Nato.
A moça ia a caminho de Al-Merdaleja de Baixo quando um monte de folhetos lhe caiu em cima, lançado de grande altitude por um avião da RAF. O poder da palavra escrita e a força da gravidade, juntos enfim na guerra contra o terror.

Como as forças da Nato não sabiam que tinham alvejado mais um civil, a rapariga foi levada para o hospital local, onde as hipóteses de sobrevivência não eram (e não foram) as melhores. É interessante descobrir que para receber tratamento médico adequado no Afeganistão, é preciso ser identificado primeiro como dano colateral.

Ao menos toda a gente na região ficou a saber que se tem de preocupar tanto com as minas como com os panfletos que os alertam para o perigo das mesmas.

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