quinta-feira, 12 de junho de 2008

A terra da oportunidade


Barack Hussein Obama é demasiado negro para os brancos, e meio branco para os negros. O pai era um imigrante do Quénia que abandonou a família, deixando ao pequeno Obama o pior nome que um político americano podia ter. Basta pensar que, apesar de todas as polémicas com o seu antigo pastor e igreja, metade dos americanos continua a pensar que ele é muçulmano, e muitos suspeitam que ele pode mesmo ser um terrorista. Apesar de tudo isto, ele pode vir a ser o próximo presidente dos Estados Unidos.

Barack Obama é muito parecido com um sonho que Martin Luther King tinha. O sonho americano é, finalmente, uma realidade para todos.

Os Republicanos não podiam estar mais satisfeitos. Para a direita americana, se uma pessoa não chega a lado nenhum, não é por causa de discriminação: é porque não se esforçou o suficiente.
Barack Obama é a prova viva de que eles, afinal, tiveram sempre razão. Os negros, hispânicos, asiáticos e outras pessoas de má índole só sabem queixar-se da situação em que vivem mas não fazem nada para a alterar. Chegou o tempo de acabar com a segurança social, a discriminação positiva e outros mecanismos quasi-comunistas que tentam ajudar as minorias a sair do seu ciclo de pobreza.
Este sim, é o tipo de mudança em que um Republicano pode acreditar.

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