segunda-feira, 29 de junho de 2009

Abaixo o presidente Zelaya, viva o general Vásquez


Desde 1983 que não acontecia um golpe de estado na América central.
O exército das Honduras pegou no presidente, enfiou-o, ainda em pijama, num avião para a Costa Rica e apresentou ao Congresso do país uma carta de demissão, que o presidente raptado afirma não ter escrito. 

Ao bom estilo latino-americano, Zelaya queria mudar a constituição para acabar com o limite nos números de mandatos do presidente. O referendo para mudar a lei foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal das Honduras. O presidente não quis saber e pediu a ajuda das forças armadas para prosseguir com o referendo. Quando o exército se recusou a ajudar, o presidente demitiu o comandante, o general Vásquez. O Supremo Tribunal disse que a demissão era ilegal e reinstituiu o general. O general, possivelmente ainda irritado, mandou meter o presidente num avião.  Ou coisa do género. Obama já disse que os Estados Unidos não têm culpa. Hugo Chávez já disse que a culpa é dos gringos.

Nada pode ser mais reconfortante numa segunda feira chuvosa do que descobrir que ainda há uma república das bananas. E que temos a sorte de não viver lá.

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