quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Sexta-feira negra


Black Friday é o nome que os americanos dão à primeira sexta-feira a seguir ao Dia de Acção de Graças. Tradicionalmente, a data marca o início das grandes promoções de Natal. É a dia em que a contabilidade das lojas começa a sair do vermelho do prejuízo e entra no negro do lucro.

É o maior dia de compras do ano, com os melhores descontos e as ofertas mais irresistíveis. Para os lojistas, uma black friday bem sucedida pode ser uma questão de vida ou de morte financeira. Para muita gente, é a grande oportunidade para comprarem mais qualquer coisa de que não precisam e que não têm meios para ter.

As ofertas são anunciadas de antemão e as portas abrem mais cedo, para maximizar o consumismo desenfreado de uma multidão atafulhada de perú e acicatada até ao frenesim pelo ar desapontado dos sogros durante o Thanksgiving.

Mas esta Black Friday foi especial. Num Wal-Mart em Long Island, um empregado morreu esmagado pela multidão em fúria. Chamava-se Jdimitay Damour e era, ao que tudo indica, um ser humano. Para a multidão, no entanto, era só mais um obstáculo que os separava de um iphone baratinho.

Causa da morte: preços baixos. Nasceu o assassinato por consumismo.

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