É uma admissão que só faz notícia porque a recusa de admitir que a economia dos Estados Unidos caminha para uma recessão é uma pedra basilar da política económica de Bush. Se não dissermos a palavra e tivermos só pensamentos felizes, a economia cuida de si sem a nossa ajuda.
Não é só na economia que o actual governo americano tenta fazer desaparecer problemas fazendo de conta que eles não existem.
O aquecimento global, por exemplo, apenas ameaça o resto do mundo. Depois de quase 8 anos de negação, só muito recentemente o presidente do país que mais contribui para o problema veio a público afirmar que, afinal, até havia algumas provas de que o aquecimento global estava mesmo a acontecer. Quanto a fazer alguma coisa, terá de ficar para o próximo presidente.
Também só admitiu que as coisas no Iraque não estavam a correr tão bem como o planeado anos depois de toda a gente ter percebido a monumental asneira que a invasão e, principalmente, a ocupação foram.
Fiel a si mesmo, Bush continuou a afirmar que havia armas de destruição maciça no Iraque anos depois de ter ficado provado que nem por isso. Eventualmente, começou a usar outro racional para justificar a invasão (Saddam era mau), sem nunca ter admitido que estava errado.
Afirmou ainda que a América não tortura pessoas e, quando apareceram provas do contrário, redefiniu o que era tortura ou não. A credibilidade dos Estados Unidos como líder do mundo livre nunca mais foi o mesma.
Não é por acaso que, nestas eleições, se fala tanto em recuperar o prestígio da América no mundo. É mais uma tarefa para o próximo presidente.
Bush lida com o falhanço recusando-se a aceitar que falhou, prosseguindo com políticas e nomeações obstinadamente, muito depois de já terem ficado fora de prazo.
Não era bom que o pior presidente americano de todos os tempos tivesse finalmente razão? Que a economia americana não estivesse a entrar numa recessão e a arrastar a economia mundial com ela?
Era. Mas pensar assim é pensar como George W. Bush.
Bush lida com o falhanço recusando-se a aceitar que falhou, prosseguindo com políticas e nomeações obstinadamente, muito depois de já terem ficado fora de prazo.
Não era bom que o pior presidente americano de todos os tempos tivesse finalmente razão? Que a economia americana não estivesse a entrar numa recessão e a arrastar a economia mundial com ela?
Era. Mas pensar assim é pensar como George W. Bush.
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