terça-feira, 28 de outubro de 2008

Crazy 88



Uns moços neo–nazis, Daniel Cowart, de 20 anos (acima) e Paul Schlesselman de 18, conheceram-se na internet e combinaram matar Barack Obama. O motivo, como a família de um explicou mais tarde, era que eles não gostavam de pretos (mas não são maus rapazes). 

O plano deles revela todo o génio de que só um redneck de raça pura do sul profundo da América é capaz: iam aproximar-se do candidato democrata num carro a alta velocidade enquanto disparavam pelas janelas. De certeza que ia resultar.

Mas primeiro, iam assaltar uma loja para arranjarem o arsenal necessário, que o que tinham em casa não chegava. Depois, tencionavam visitar uma escola predominantemente negra e começar a matar alunos, professores e quem mais lhes aparecesse à frente, até chegarem ao número mágico de 88 pretos mortos, dos quais 14 seriam decapitados. Obama era só a cereja em cima do bolo.

Porquê 88?

Porque 8 é código para a oitava letra do alfabeto, o H. Repetido dá HH, que é código para Heil Hitler. Quanto às 14 decapitações, era porque o 14 é o número de palavras duma frase que é um dos credos destes moços "We must secure the existence of our people and a future for white children” escrita por um neo-nazi chamado David Lane que por sua vez se inspirou numa passagem de 88 palavras do oitavo capítulo do Mein Kampf.

Podemos sentir-nos tentados a encontrar algum misticismo, verdade profunda, força obscura, ou o que quer que seja, nestes números. Pessoalmente, o que me surpreende não é o padrão, é eles saberem contar.

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